12 de abr. de 2014

[Genesis] Forgotten Worlds


Forgotten Worlds
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Data de Lançamento: 06/1988
Estilo: Shoot 'em Up

Em meados de 1988 a Capcom resolve lançar a sua própria placa de Arcade: A CPS-1. O sistema teve vários jogos de sucesso, dentre o mais famoso estão as várias versões de Street Fighter II. Contudo o jogo que estreou esse sistema foi Forgotten Worlds (Lost Worlds no Japão), um jogo do estilo Shoot 'em Up. Devido ao sucesso inicial do jogo, ele foi portado para várias plataformas caseiras, tais como: Mega Drive, Master System, Commodore 64 e TurboGrafx-16. Falaremos aqui apenas da versão de Mega Drive.

Forgotten Worlds passa-se num futuro pós-apocalíptico, após um ataque de Aliens. Utilizando armas e bombas, eles devastaram o mundo e elegeram um novo "Deus", conhecido como Emperor Bios, que passou a dominar toda a Terra, juntamente com outros grandes 8 chefes com poderes sobre-humanos. O mundo tornou-se um lugar insuportável até que dois soldados (de nomes desconhecidos) resolvem lutar contra essas entidades demoníacas. O enredo, como pode ser visto, é simples demais e não empolga tanto como deveria.



Capa da Versão de Mega Drive

A Versão de Mega Drive foi portada pela SEGA (e não pela Capcom) devido ao contrato de exclusividade que a Nintendo obrigava as Softhouses assinarem, caso quisessem que seus jogos fossem lançados para o NES. Desta forma, coube a SEGA ir ao HQ da Capcom comprar os direitos da franquia e reprogramar o jogo por completo em seus estúdios. O resultado ficou bom, tratando-se de uma boa conversão, estando na Line-Up inicial do Console, quando este foi lançado em 1989 nos Estados Unidos com o nome de SEGA Genesis.

Assim como ocorre com a maioria dos jogos lançados no início da vida de um console, Forgotten Worlds possui gráficos simples, apesar de estarem bem definidos. Os sprites são simples e são grandes. As cores escolhidas para o jogo encaixam perfeitamente com a proposta pós-apocalíptica do jogo. A animação e movimentação dos personagens estão bem trabalhadas, causando uma boa impressão geral sobre o jogo.


O jogo possui gráficos simples, porém em alguns casos o background confunde com os inimigos

O Background das fases sofrem mudanças de qualidade ao decorrer do jogo - em alguns momentos é fácil confundir os inimigos com o próprio background já em outros o mesmo não passa de um fundo preto. Além disso Forgotten Worlds roda com um pouco de queda de quadros, principalmente quando se tem muitos inimigos na tela. Apesar de existirem, esses slowdowns são curtos e não atrapalham a jogabilidade, que é fluida.

A trilha sonora tenta criar um ambiente de guerra espacial e mundo pós-apocalíptico, porém falha mesmo na versão de fliperama. Algumas músicas chegam ser irritantes, com o timbre um pouco agudo demais. Não possui, de forma geral, músicas memoráveis. A versão de Fliperama contava com vozes digitalizadas, que não estão presentes na versão caseira. Os efeitos sonoros são ruins sendo simples e repetitivos. Quando mata-se um inimigo, qualquer que seja, o efeito produzido sempre é o mesmo.

Os temas de Forgotten Worlds as vezes chegam a irritar o jogador...

Em Forgotten Worlds, além de controlar o personagem pela tela, é possível rotarciona-ló, fazendo com que seu tiro possa atingir os inimigos de todas as direções. No Fliperama conta-se com um comando especial que rotacionava o personagem (semelhante ao utilizado em Ikari Warriors), que não estava presente na versão de Mega Drive. A solução encontrada pela SEGA foi a seguinte: Enquanto que o botão A rotacional o personagem para esquerda, o botão C rotaciona para a direita. O Botão B fica para disparo, contudo pode-se ativar o auto-fire para que o personagem fique continuamente atirando, o que facilita bastante. Isso fez com que a jogabilidade perdesse um pouco da velocidade e precisão da versão de Arcade. Contudo a movimentação do personagem é bem fluida e rápida e os comandos são rápidos e precisos.

Forgotten Worlds possui um bom nível de dificuldade. O jogo contém ao todo sete estágios, repleto de inimigos para todos os lados. A dificuldade vai crescendo com o tempo, assim como o tamanho dos estágios, contudo um dos grandes problemas do jogo é sua curta duração - aproximadamente em 25 minutos é perfeitamente possível zerá-lo.


O Nível de Dificuldade de Forgotten Worlds é bem razoavél.

O Jogo difere de muitos Shmup por possui uma barra de energia e lojas, onde podem ser comprados alguns power-ups, o que facilita um pouco a jogatina. Contudo o jogo não lhe dá vidas extras e nem continues, e sim elixes da ressurreição, que devem ser comprados em lojas espalhadas pelo jogo. O Elixir permite que você renasça no mesmo local onde morreu, servindo assim como Check-Point. Contudo, se você morrer e não possuir Elixir é Game Over. Além disso, Forgotten Worlds permite jogar em dupla, o que melhora um pouco da diversão do jogo.

Certamente o grande defeito do jogo é possuir um fator de replay muito baixo. A não ser pela pontuação, não se tem nenhum motivo para uma nova jogatina, a não ser, claro, o fato de ser um ótimo jogo. Contudo vale citar que isso é um problema que atingia praticamente a totalidade dos jogos da época, principalmente aqueles que era conversões de fliperama.


O Fator Replay é baixo, mas não atrapalha muito no jogo.

Forgotten Worlds é um clássico um tanto esquecido. Possui um fator histórico para a indústria de jogos devido a ser o primeiro jogo lançado para o CPS-1, além de possuir uma ótima jogabilidade e diversão. Certamente, para quem gosta do estilo Shoot ‘em Up é um jogo mais do que necessário.

Média Final: 6.6

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